Plínio Ribeiro ramos Júnior, pecuarista de Lages e também de outras regiões da Serra, morou em vários lugares. Médico Veterinário, foi presidente do Sindicato Rural e atualmente exerce a função de Médico Veterinário no município vizinho de Rio Rufino. Mas conhece muito bem a nossa região.
P: Plínio, fale-nos sobre as suas recordações da infância e juventude, as diversas fazendas pelas quais você passou, onde você nasceu e depois onde foi transcorrendo sua juventude.
R: Como é do conhecimento de muita gente, sou filho do falecido Plínio Ramos e sou de uma família muito grande, nós éramos nove irmãos. A vida que nós tivemos sempre foi em função de fazendas, no sítio. Inicialmente, na época em que nasci, em dezembro de 1949, meu pai tinha terreno em Figueiredo, acho que pertencia ao município de Lages, hoje Otacílio Costa. De lá, nós passamos por outras fazendas em São Joaquim, Coxilha Rica, Capão Alto, e ultimamente, Bom Retiro.
Recordações que tenho: éramos de uma família muito grande. Nós morávamos aqui na cidade de Lages e o pai e a mão ficavam na fazenda. Na época de férias nós íamos todos para lá. Durante o ano nós ficávamos em Lages e no período de férias íamos para a fazenda. Tenho uma recordação muito boa porque a gente ficava apreensivo, esperando a época de férias, que eram as férias de julho e dezembro. Foi a passagem da infância toda em fazendas e sítios.
P: Como criança naturalmente participava você e irmãos, da lida do gado, da agricultura. Conte um pouco sobre isso.
R: Nossa participação era efetiva. Na época de férias não tínhamos descanso. Como eu disse, tínhamos aquela vontade louca que chegassem as férias para irmos para a fazenda. Chegávamos lá e participávamos de todas as lidas, com gado, com lavoura, com tudo. Fomos criados mesmo nesse meio.