Pecuária de corte: uma atividade aquecida na Serra Catarinense

Investimento que promete retorno rápido, pois tornou a atividade mais rentável, produtiva e importante para a geração de riqueza na região.

Investimento que promete retorno rápido, pois tornou a atividade mais rentável, produtiva e importante para a geração de riqueza na região.

O Projeto Rede de Propriedades de Referência Tecnológica (Reprotec) foi desenvolvido em 2011 por Pesquisadores e Extensionistas da Epagri de Lages, Embrapa Pecuária Sul, Fapesc e Associação Rural de Lages, com objetivo de desenvolver a pecuária de corte. Uma atividade tradicional que faz parte da história e fundação e que ainda não foi desenvolvida em sua plenitude na região serrana.


Com a implantação do projeto em propriedades de Bom Jardim da Serra, São Joaquim, Painel, Capão Alto, Lages e São José do Cerrito, foi possível dobrar a produção de terneiros e de boi gordo. Esse foi o mote do projeto: tecnologias adaptadas para cada propriedade. 


Os pecuaristas foram assistidos pelo programa com suporte técnico durante cinco anos para transformar a atividade e torná-las vitrine aos demais pecuaristas. Nesse período, eles viram dobrar a produção de terneiros, aumentar a natalidade de 50% pra 80%, o peso no desmame, e a redução de idade reprodutiva das novilhas de dois para três anos. Mais terneiros na região representam um volume de carne de qualidade produzido, reduzindo a necessidade de importação. Nesse sentido, a pecuária de corte pode ser tão rentável quanto a soja ou milho que estão em moda na região hoje.


 “Iniciamos em 2011 efetivamente o projeto e encerrou em 2016, durante este período mostramos o potencial da pecuária de corte para geração de renda. Quando você vende o terneiro, no desmame, consegue-se passar de 150 kg pra 200 kg do peso dos terneiros e aumentar a natalidade. Isso redunda no dobro de produção de terneiros na pecuária de cria com tecnologias muito simples com base acessíveis à maioria das propriedades que tem base em pastagens naturais”, explica o engenheiro agrônomo e pesquisador da Estação Experimental, Cassiano Eduardo Pinto.


Suporte_ Durante o projeto foram realizados seminários, palestras na região, capacitando mais de 5.700 pecuaristas. Quem aplicou a tecnologia ganhou mais sustentabilidade na mesma estrutura e com o mesmo rebanho, ou seja, aumentou a eficiência da propriedade como um todo, através de tecnologias simples que incorporam ao sistema produtivo.

 

Fonte: Correio Lageano. Disponivel em: Acessado em julho de 2017